Eduquês de Novo
Este blog não tem nem nunca teve regras muito apertadas. Além de privilegiar e procurar que os textos tenham uma linguagem acessível visando a divulgação da filosofia, poucas são as regras que nele se impõem. Além desta primeira regra existe uma outra: que nenhuma obra seja divulgada sem ter sido, primeiro, lida. Por essa razão muitas pessoas me perguntam desconfiadamente se leio todos os livros que divulgo. A resposta é sim, leio todos os livros, apesar de alguns ensaios ler somente alguns artigos principais. Quando sou interpelado, também sou confrontado com a pergunta , como tenho tempo para ler? A este propósito o editor da Crítica publicou um artigo mais extenso onde explico como se pode ter tempo para ler. De uma forma abreviada costumo responder que roubo tempo à vida.
Explicações à parte, vale mesmo a pena chamar a atenção para uma das próximas edições da Gradiva, prevista para chegar às livrarias no final do mês. Este é daqueles livros que me apresso a comprar e devoro numa tarde de sábado. Dar-me-ei conta deste livro oportunamente e só me resta esperar que o tema seja tratado com a seriedade que merece.
Fica, então, a sugestão:
Eduquês: Um Flagelo Sem Fronteiras
O caso Lafforgue
Laurent Lafforgue e outros
O eduquês veio de fora. Somos, aliás, mestres a importar o que não faz falta. E importamos sempre tarde, quando lá fora já começam a ver-se livres da praga, e sempre sem sabermos bem o que estamos a importar. Por isso a versão portuguesa do eduquês é ainda mais tonta e perversa do que a original...
«Temas de Matemática», n.º 5, 100 pp., € 8,00
Visite o site da Gradiva
Rolando Almeida