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A Filosofia no Ensino Secundário

Novidades editoriais de interesse para estudantes e professores de Filosofia.

A Filosofia no Ensino Secundário

Novidades editoriais de interesse para estudantes e professores de Filosofia.

2ª Jornadas de Filosofia da EBSGZ

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No próximo dia 5 de Junho decorre na Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco o debate conduzido por alunos do 10º e 11º anos das 2ªs Jornadas de Filosofia da escola. Esta é uma iniciativa do grupo disciplinar de filosofia. A sessão está marcada para as 15 horas, na sala de sessões da escola e aberta a todos quanto queiram discutir e clarificar um pouco mais este problema discutido pela filosofia moral. Contamos para esta iniciativa com o apoio da editora Plátano que simpaticamente ofereceu os prémios finais para ambas as equipas participantes. O jurí é externo ao grupo de professores de filosofia.

Advertência

Reservo-me ao direito no meu blog de eliminar comentários inapropriados ou insultuosos, como o recente comentário de um leitor que comunicou a partir da cidade de Paredes e que assinou como Carlos e que me chama palhaço atribuindo-me a mim uma responsabilidade que não é minha, mas do filósofo Bertrand Russell, mas que o leitor pura e simplesmente ignorou. As pessoas tem o direito de chamar o que quiserem a mim ou ao Russell se para tal encontrarem razões (ainda que eu discorde). Acontece que o meu blog sendo amador pretende ser minimamente sério já que depende directamente da minha actividade profissional, para além de ser também consequência do meu gosto pelo ensino da filosofia. Continuarei a ter a secção de comentários aberta, mas dispensando aqueles que visam o insulto gratuito e inconsequente. Certamente que a informação que veiculo é simples e muitas vezes vaga. Ela é da minha inteira responsabilidade. Quando iniciei este blog o panorama de divulgação da filosofia em blogues não era muito animador. Hoje em dia a oferta é múltipla, pelo que não existe razão para um leitor visitar o meu blog se este não é do seu agrado ou filiação religiosa. Perante a oferta, há sempre escolhas para gregos e troianos. Infelizmente por razões pessoais não tenho tido oportunidade para escrever artigos mais informativos e extensos. Estive mesmo para extinguir o blog. Não o fiz pois no momento em que o pretendia fazer notei que tinha cerca de 300 a 400 visitas diárias certas. E esse entusiasmo é enorme, o de saber que uma média de, vá lá, um pouco à sorte, mais de 1000 pessoas diferentes podem aceder semanalmente ao blog. É uma boa base para divulgar a minha disciplina. Continuarei a fazê-lo, claro, mas com a convicção que é melhor reservar este espaço a quem realmente esteja interessado em aprender o mundo com a filosofia.

Bom proveito e obrigado a todos.

Rolando Almeida

Kant, Lógica

Sem título 

Acabei de receber a informação que a editora Texto & Grafia publicará em breve a obra de Kant, Lógica. Não me parece uma obra central nem no conjunto da obra do filósofo, nem no desenvolvimento da lógica tal qual hoje a conhecemos. Mas será sem dúvida uma obra de interesse para todos aqueles que estão próximos da filosofia kantiana para além de uma referência boa à obra de um dos maiores nomes da filosofia. Um excerto da obra pode ser lido AQUI. A tradução é de Artur Morão.

X-Phi

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A primeira vez que li alguma coisa sobre filosofia experimental foi a partir de um artigo qque um amigo brasileiro me recomendou numa conversa no messenger. Na altura, segundo recordo e após a leitura do artigo, pensei: "Mas afinal, toda a filosofia é experimental, ora bolas". Para dizer a verdade não sei se é bem assim. Mas agora já não há razões para desconhecimento. Apareceu em língua portuguesa um blog muito bem informado e preparado para divulgação da X-Phi. Basta clicar na imagem e descobrir pela leitura dos artigos o que é a X-Phi e avaliar as suas potencialidades.

Roger Scruton

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Li no Logosfera, um recomendável blog de divulgação de filosofia com traduções inéditas feitas pelos autores, que o último livro de Roger Scruton (na imagem) vai sair brevemente na Guerra & Paz. Ficamos assim com um lote confortável de traduções de obras introdutórias à filosofia da arte, se considerarmos os dois volumes publicados pela Bizâncio, o de Nigel Warburton e o de George Dickie.

Paradoxo do barbeiro ii

barbeiro A versão popular do paradoxo do barbeiro

Este paradoxo é atribuído a Russell. Hoje discuti durante uns 10 minutos este paradoxo com os meus alunos, mas creio que ficaram algumas confusões no ar. Vou procurar aqui sistematizar melhor como se desenvolve o paradoxo.

Existe uma aldeia cujo barbeiro reúne duas condições:

1) Faz a barba a todas as pessoas que não fazem a barba a si próprias

2) Só faz a barba a quem não faz a barba a si próprio.

Até aqui nada de especial. O paradoxo surge quando queremos saber quem faz a barba ao barbeiro? Se o barbeiro faz a barba a si próprio, então não pode fazer a barba a si próprio senão viola a condição expressa em 2), a que nos diz que o barbeiro só faz a barba a quem não faz a barba a si próprio. Mas se o barbeiro não faz a barba a si próprio então tem de fazer a barba a si próprio já que essa é a condição expressa em 1), a que diz que o barbeiro faz a barba a todas as pessoas que não fazem a barba a si próprias.

Objecções ao argumento de S Anselmo

           

A primeira pessoa a reagir ao argumento de S. Anselmo foi o seu contemporâneo, o monge Gaunilo de Marmoutier (séc. XI). Gaunilo defendeu que o argumento não é sólido uma vez que podíamos usar o mesmo tipo de argumento para estabelecer a existência de uma série de coisas que não existem na realidade.

          

 

 

O argumento de S. Anselmo

Ao reflectir sobre o conceito de Deus, Santo Anselmo define-o como aquele «ser maior do que o qual nada pode ser pensado». Daqui, Santo Anselmo conclui que Deus existe, uma vez que se não existisse, não seria aquele ser maior do que o qual nada pode ser pensado. Este é um argumento por redução ao absurdo. Vejamos em mais pormenor como funciona.

 

            A primeira distinção importante a ter em conta para compreender o argumento é a diferença entre existir no pensamento e existir na realidade. Exactamente o que significa dizer que algo existe no pensamento? Todas aquelas coisas que podem ser por nós pensadas existem, num certo sentido, no pensamento: existem enquanto objectos do pensamento. Por exemplo, quando pensamos no Pai Natal, ele é o objecto do nosso pensamento e, nesse sentido, o Pai Natal existe, mesmo que não exista na realidade. Deste modo, há coisas que existem apenas no pensamento, pois são objecto do nosso pensamento, sem existirem de facto.

 

O culto do amadorismo

0.02871700 1211278374_capa_cultoWEB Recentemente no Rerum Natura, Desidério Murcho lançou alguns argumentos que desmontavam a lógica do gratuito na internet. Não se fizeram esperar reacções insultuosas já que, o que se estava a atacar era, afinal, todo um modo de vida de corte e cola que hoje em dia milhares de pessoas tem na internet. Desde o blog, à música gratuita e ao cinema pirata, esse é o brave new world para milhares de utilizadores. Aos olhos desses até fica mal dizer que compramos um disco ou um filme. Atiram-nos logo aos olhos que somos burros, que eles têm isso em minutos em casa sem pagar nada. E há toda uma geração de adolescentes que pura e simplesmente nem se gabam disso, já que não fazem ideia do que seja entrar numa loja de discos ou numa videoteca. Mas desenganem-se estes utilizadores. O que julgam ter de borla, afinal, tem um preço ainda mais elevado a pagar do que se fossem a comprar todo o material que digerem. O livro de Andrew Keen ajuda a perceber esta lógica farsa do amadorismo e do grátis na internet. Foi a minha leitura de fim de semana. Mas  a discussão não acaba neste livro. Há mais para ler sobre o problema e a verdade é uma busca entre teses opostas.

Andrew Keen, O culto do amadorismo, Guerra e Paz, 2008, Trad. Susana Serrão

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Blog de divulgação da filosofia e do seu ensino no sistema de ensino português. O blog pretende constituir uma pequena introdução à filosofia e aos seus problemas, divulgando livros e iniciativas relacionadas com a filosofia e recorrendo a uma linguagem pouco técnica, simples e despretensiosa mas rigorosa.

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