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A Filosofia no Ensino Secundário

Novidades editoriais de interesse para estudantes e professores de Filosofia.

A Filosofia no Ensino Secundário

Novidades editoriais de interesse para estudantes e professores de Filosofia.

Curiosidades

9789722037372 Sinopse

Se Aristóteles Fosse Administrador da General Motors tornou-se rapidamente num dos livros de gestão mais influentes e comentados dos últimos anos, nos EUA. Milhares de funcionários de grandes empresas como a Merrill Lynch, a GTE (General Telephone & Electronics Corporation) e a Coca-Cola assistiram a uma das mais importantes palestras que Tom Morris efectua como orador principal todos os anos, em seminários empresariais em todo o país. Morris, que foi professor de Filosofia na Universidade de Notre Dame durante 15 anos, electrifica estas audiências com os seus conhecimentos sobre o modo como a sabedoria ancestral pode ser usada para optimizar a moral e a produtividade em empresas de qualquer dimensão.

Em Se Aristóteles Fosse Administrador da General Motors Morris clarifica os ensinamentos dos mais sábios pensadores da história, transpondo-os para estratégias actuais estimulantes, para conferir nova energia ao espírito corporativo, e, para trazer de volta a alma às nossas vidas profissionais.

Dom Quixote

Hospital das bonecas FpC

Digitalizar0001 Digitalizar0002 Para quem explora projectos ligados à filosofia para crianças, a Dinalivro publicou, no final do ano passado, a obra, O Hospital das bonecas e o respectivo manual do professor. Esta edição reveste-se de particular interesse já que além da pequena obra, o professor tem disponível a recomendação de planificação. A tradução é de Zaza Carneiro de Moura, nome pioneiro na FpC em Portugal. A obra é de Ann Margaret Sharp e é publicada com o apoio do Centro Português de Filosofia para Crianças, da SPF. Ainda não me tinha apercebido desta edição.

Ann Margaret Sharp, Hospital das bonecas, Dinalivro, 2008

Ann M. Sharp e Laurence Joseph Splitter, Compreendendo o meu mundo – manual do professor para o hospital das bonecas, Dinalivro, 2008

Bilhardice

 

Acabei de descobrir que o filósofo a quem eu atribuiria de bom grado o prémio nóbel de qualquer coisa por ter escrito os magnificos volumes, Philosophy files, além de alpinista e ciclista também toca bateria num grupo de circuito de pubs. Stephen Law é mesmo o filósofo das aventuras.

Dinheiro como valor instrumental para a felicidade

Sem título Hoje deparei-me com um inquérito no portal da Sapo sobre uma conferência do tema “dinheiro / felicidade” o inquérito questiona os visitantes se o dinheiro é ou não é felicidade ou se ajuda a ser feliz. Claro que a resposta exige múltiplos argumentos e contra argumentos. Mas, para abreviar, se nos centrarmos na tese que defende que o dinheiro traz felicidade basta pensar nos milhares de casos em que as pessoas tem dinheiro mas não são felizes, casos esses que constituem bons contra exemplos. Isto para não pensar que o próprio dinheiro é que acarreta infelicidade numa parte significativa dos casos dos ricos infelizes. Uma das razões pela qual isto acontece com alguma frequência é porque as pessoas, no geral, tendem a confundir valores últimos com valores instrumentais. Ora, o dinheiro, independentemente se é um acontecimento bom ou mau possui um valor instrumental. Como valor instrumental ele tanto pode como não contribuir para a felicidade de alguém. Uma das excelentes leituras que me lembro de ter feito sobre este problema é a de Peter Singer, Como havemos de viver? A ética numa época de individualismo, Dinalivro. Mas também recordo um capítulo de um ensaio do filósofo francês Pascal Bruckner que diz qualquer coisa como (adaptado): “se o dinheiro não vos tráz felicidade podem depositá-lo na minha conta (pedir NIB)”.

Empregabilidade em filosofia

stelarc3 O Vitor Guerreiro no blog da Crítica chamou a atenção para um interessante artigo que mostra o crescente mercado de emprego para licenciados em filosofia no mundo anglófilo. O que o artigo diz não é nada de novo. Resumidamente refere que a licenciatura em filosofia habilita os estudantes de capacidades analíticas e críticas que são muito aproveitáveis no mundo dos negócios. Ora bem, isto soa estranho no nosso país por duas razões especiais:

1) Porque existe o preconceito generalizado de que a filosofia não serve para ganhar dinheiro. Aliás, um dos clichés de muitos licenciados em filosofia é que foram para o curso por pura vocação e não para ter um emprego (cliché usado por muitos que fazem da filosofia o seu primeiro sustento). A vocação é sem dúvida importante e nem toda a gente tem vocação filosófica. Mas não há problema algum em fazer da filosofia uma fonte de rendimentos. Eu faço ao ensinar filosofia e estimo a minha profissão precisamente porque me pagam para estudar e ensinar o que mais gosto, filosofia.

2) A. Porque os cursos de filosofia em Portugal pura e simplesmente não desenvolvem qualquer capacidade crítica nos estudantes. O que desenvolvem é admiração cega pelos pavões. Por muito desagradável que possa ser, a realidade é esta. Na maior parte das disciplinas dos cursos de filosofia, o estudante limita-se a seguir a tese do mestre, sem qualquer possibilidade de a discutir.

B. as teses dos mestres dos cursos de licenciatura em filosofia em Portugal não são também, na maioria das vezes, sequer, teses que se discutam porque não obedecem a qualquer estrutura do discurso argumentativo.

Por estas razões que aqui toscamente abrevio, quando falamos de filosofia não estamos a falar do mesmo se nos referirmos a Portugal e aos Estados Unidos, por exemplo. Aliás, o artigo refere a importância do estudo da lógica formal. Ora o estudo da lógica nos cursos em Portugal aparece como uma disciplina isolada que não tem qualquer aplicabilidade nas restantes disciplinas. E não tem pois os outros mestres nem sequer sabem lógica, desprezando-a.

Finalmente uma observação: já por diversas vezes referi que não interessa se os mestres da filosofia em Portugal fazem ou não estudos singulares e bons. Sobre isso nada tenho a dizer. O que coloco em causa é que os estudantes não foram estudar filosofia para se tornarem admiradores dos mestres, logo, não tem que levar com as suas teses mais sofisticadas. Tem de ter a base e é essa base que os mestres deviam ensinar, dotando os estudantes das capacidades básicas para poderem eles também, um dia produzir as suas teses. Muitas vezes ouço profissionais da filosofia queixarem-se que o mundo de hoje não está preparado para compreender a filosofia. Não alinho neste discurso e ele é até falso, já que nunca como nos nossos dias existiram tantos cursos de filosofia e tantos filósofos, de resto, exactamente o mesmo que se passa com a ciência. Agora é possível que a imagem pública da filosofia em Portugal ande bastante por baixo. Mas isso não se deve a que as pessoas não liguem à filosofia. É que a filosofia que se pratica nos nossos cursos não desperta qualquer interesse para a maioria das pessoas e assim não é de estranhar que os cursos fechem e que a filosofia do 12º ano tenha tido uma morte sem ninguém se dar conta, nem mesmo os mestres da universidade, que desprezaram tanto o secundário, mas que sempre viveram na sombra dele. A seu tempo regressarei a estes temas.

A imagem é do performer Stelarc

Crítica

Sem título A Crítica é uma das publicações de filosofia em língua portuguesa mais antigas e que reúne um dos maiores arquivos de filosofia contemporânea em língua portuguesa. Na Crítica encontramos traduções exclusivas de textos centrais no desenvolvimento da filosofia contemporânea. São mais de 1000 artigos das mais diversas áreas da filosofia. A Crítica paga o trabalho que envolve a edição e tradução de textos, bem como a redacção de artigos originais. Foi pela Crítica que comecei a estudar uma boa parte da filosofia contemporânea e a revista acabou por me despertar um renovado interesse pela filosofia. Na altura imprimia praticamente todos os artigos e tenho um arquivo que mais parece uma enciclopédia. Rapidamente me apercebi que se comprasse estes artigos reunidos em livro, pagava caro e resolvi então apoiar a Crítica com donativos, já que me fazia todo o sentido pagar um trabalho imenso que me era tão útil tanto para a minha formação pessoal, como profissional. Pouco mais tarde a Crítica passou a edição paga e tornei-me seu assinante. Esta foi a forma encontrada para ajudar esta publicação que me tem sido tão útil. Se este trabalho for financeiramente apoiado o mais provável é que cresça e melhore a sua qualidade. Para além de tudo uma subscrição da Crítica durava-me 6 meses e custava menos que um livro. De acordo com a aprendizagem que vou fazendo senti a obrigação de contribuir com alguns textos de divulgação para a revista. Não colaborei tanto quanto desejo, mas vi publicados alguns textos curtos na revista. Aprendi também com a revista que essa era a forma correcta de incentivar a comunidade filosófica de língua portuguesa a sujeitar à discussão pública os seus trabalhos, de resto, uma das ferramentas da argumentação filosófica, a da livre discussão. Muitas vezes ouço dizer que a Crítica deveria ser gratuita. Na verdade a revista disponibiliza uma parte do seu arquivo de forma gratuita, mas se for totalmente gratuita não pode pagar aos seus autores e, dessa forma, disponibilizar uma quantidade razoável de textos e traduções com qualidade. A Crítica é um investimento feito e tal como quando vamos à livraria não esperamos que o livreiro nos ofereça o livro que queremos ler, não temos qualquer razão para pensar que a Crítica nos deva oferecer o texto que queremos ler. Há várias formas de ajudar a Crítica, a principal, são as subscrições semestrais, mensais ou diárias. Outra delas é muito simples, basta clicar na publicidade que aparece na revista.

Pedagogia em discussão precisa-se!

O recente post do Rerum Natura que apresenta um excerto de uma entrevista para o DN de Nuno Crato, matemático e divulgador de ciência, espoletou uma pequena discussão que merece maior amplitude. Em termos brutos a tese de Crato é que o ensino baseado no romantismo construtivista trouxe péssimos resultados tratando-se também de um modelo que coincide com o pensamento único em matéria de educação. Este modelo, grosso modo, defende a autonomia de cada um na construção o seu próprio conhecimento. A realidade, com efeito, mostra-nos o contrário. O sistema educativo português está, segundo Crato e outros autores, fortemente afectado por este modelo e os resultados são estudantes que possuem cada vez mais habilitações, mas cada vez menos conhecimento, resultando numa deficiência cognitiva que nos tem deixado em posições nos rankings bastante abaixo do que é desejável por todos.

 

O que é a arte?

 P913819D797108G_px_470__w_ouestfrance_livro_362 O livro de Nigel Warburton, o que é a arte, Bizâncio, começa com uma aparentemente chocante descrição de um artista que envia um pavão vivo em sua representaçao a uma exposição de arte. Recentemente o artista David Cerny tem gerado polémica com a sua obra “Entropa”. Razões de sobra para discutir publicamente o problema filosófico sobre “o que é a arte?”. E razões ainda mais fortes para ler e reler o livrinho de Warburton que nos oferece um suporte argumentativo suficientemente sólido para nos iniciarmos nesta discussão sem ter de dizer tolices nem proferir ideias feitas ou lugares comuns.

Sobre a falência das pedagogias românticas

eduques A teoria das competências, nesta forma extrema que tem sido adoptada em Portugal, diz que o conhecimento por si não vale – só vale se for transformado em acção. Tudo isto são radicalismos muito grandes, de correntes pedagógicas que não fazem esse equilíbrio que defendemos.

O que quer dizer com suicídio do mundo ocidental?
A falta de valor que é dado ao conhecimento, a ideia de que todo o conhecimento só interessa se conferir competências, a simplificação do ensino que é o processo de Bolonha...

Entrevista a Nuno Crato. Ler o resto aqui.

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Blog de divulgação da filosofia e do seu ensino no sistema de ensino português. O blog pretende constituir uma pequena introdução à filosofia e aos seus problemas, divulgando livros e iniciativas relacionadas com a filosofia e recorrendo a uma linguagem pouco técnica, simples e despretensiosa mas rigorosa.

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