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A Filosofia no Ensino Secundário

Novidades editoriais de interesse para estudantes e professores de Filosofia.

A Filosofia no Ensino Secundário

Novidades editoriais de interesse para estudantes e professores de Filosofia.

Mestrados em Évora

188795679ef041daa53btl3 A Universidade de Évora vai abrir, em 2008/2009, a 2ª edição do Mestrado em Filosofia.

  • O mestrado tem 3 áreas de especialização:

Filosofia Contemporânea

Filosofia em portugal

Ética, Género e Cidadania

  • As matrículas, (on line),  decorrem de 1 a 31 de Julho

  • Foi pedida creditação ao ME para efeitos de progressão na carreira de Docentes do Ensino Secundário, no âmbito da Portaria nº 344/2008 (Clicar na imagem para mais infs.)

Sóis de rubi

4029 Bem, já que o fim de semana está mais musical que filosófico, aqui mais uma das minhas sugestões para desencaspar ouvidos, os The Ruby Suns. Já fui melhor nesta coisa de analisar os discos que ouço, mas arrisco a comparar estes Ruby Suns aos Animal Collective. Que quer isto dizer? Que esta música é feita de pedaços de mariachi com rock anos 70, com rock século xxi, pigmentações electrónicas, canção popular, experimentação e uma dose insuperável de humor. Creio que este Sea Lion é já o segundo disco. As canções são verdadeiramente viciantes. Vale a pena passar um bom bocado no site da editora, aqui. E chega de discos. Brevemente indicarei algumas leituras filosóficas úteis em tempo de férias escolares.

Programa austero para fim de semana, uma sugestão

bm_cover Austerity Program é uma interessante banda de New York, que adapta sons orginários de um musculado hard core com o experimentalismo devedor de Glenn Branca e Sonic Youth. O álbum, Black Madonna é constituído por longas composições, uma espécie de opereta hard core. Ocasionalmente também me lembrei dos Shelac, a excelente banda de Steve Albini, o produtor que grava os seus discos directamente, sem produção. Motivo para dizer “em casa de ferreiro, espeto de pau”. E há ainda umas pitadinhas dos canadianos Godspeed! You black emperor, embora sem a melancolia carregada destes, mas numa vertente mais virada para os japoneses Boredoms, mas sem a violência inteligente destes. Um álbum a descobrir para quem gosta de sons electrizantes num ambiente claramente downtown. As flores da capa são enganadoras para o conteúdo! Creio que dá para ouvir alguma coisa aqui.Para conhecer a banda, aqui.

Austerity Program, Black Madonna

O assassinato da Filosofia

2085805089_cd84bbf014_o O colega Carlos Silva que tem colaborado neste blog activamente com sugestões na secção de comentários, deixou este texto do Público que merece destaque. Agradeço ao Carlos ter passado o texto.

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A Filosofia no ensino secundário é uma disciplina decorativa. Sem importância. Morta à nascença Vai realizar-se no próximo mês de Julho, em Seul, na Coreia, o Congresso Mundial de Filosofia, organizado pelo FISF, organismo que concentra as sociedades dos professores de Filosofia do ensino secundário e do ensino universitário de todo o mundo. Tem a marca da globalização. É um encontro de tradições pedagógicas, de reflexão sobre a natureza e o papel da Filosofia na sociedade. Mostra o interesse dos vários países pelo problema. Mostra o que é evidente: o carácter vivo e actuante da Filosofia. O seu lugar insofismável na formação da mentalidade. Assim acontece no mundo. E em Portugal? Em Portugal assiste-se ao inédito. Pela primeira vez em mais de um século (desde a reforma de Jaime Moniz, em 1895) destruiu-se decisivamente a Filosofia no ensino secundário. Podemos recuar mais atrás, a 1844, e mesmo aos Estudos Menores, criados pelo marquês de Pombal em 1799. Estudos onde figurava a disciplina de Filosofia Racional. Servia de acesso aos Estudos Maiores. Neste quadro de interesse global já referido, lembra-se também que a UNESCO instituiu o dia 15 de Novembro como Dia Mundial da Filosofia, congregando 36 nações. E em Portugal? Em Portugal desvaloriza-se o exercício do pensamento, o rigor da análise, a descoberta de paradigmas e de valores, a discussão de problemas, a formação do espírito crítico, a reflexão sobre a aventura humana, parâmetros específicos da Filosofia e do seu ensino. Sabe-se que a finalidade do estudo em qualquer disciplina não é o exame. Mas também se sabe que, na prática, se não houver exame, os alunos não se interessam. Não estudam convenientemente. Residual e em vias de extinção a Filosofia no 12.° ano. Obrigatória no 10.° e 11.° anos mas não sujeita a exame nacional. "Para que serve?" pensam os alunos. É uma disciplina decorativa. Sem importância. Morta à nascença. Ainda se rege Filosofia na universidade nalguns cursos, cada vez mais despovoados. Com este vazio no ensino secundário, acabará de vez. O sucesso escolar não é gratuito. Depende de currículos apropriados, mas depende sobretudo de cabeças bem-feitas, treinadas numa apurada e progressiva ginástica mental, no exercício da abstracção, da comparação, do dissecar analítico. Esse exercício cabe especificamente à Filosofia. No limite, pela depuração que exige e supõe, aproxima-se da Matemática. Não é por acaso que grandes filósofos de referência (de Pitágoras a Descartes, de Leibniz a Russell) foram matemáticos. Tirar aos jovens esta ginástica mental é criar o caos. Multiplica-se no mundo a presença e o interesse pela Filosofia. Em iniciativas globais. De Paris a... Seul. Em Portugal, desvaloriza-se até a morte.

In. Público, Maria Luísa Guerra – 2008-06-28

Psicofoda, Colin McGinn

  

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Vale a pena ler a recensão assinada por Vitor Guerreiro a

Mindfucking - A Critique of Mental Manipulation, o último livro de Colin McGinn

O texto é acompanhado pela tradução do Prefácio. Ver aqui(para subscritores da revista).

Exames fáceis

schoolexamREX_468x360 Está instalada a polémica dos exames. Anualmente na altura dos exames temos polémica e sempre que se fala em Ministério da Educação temos polémica. E temos polémica precisamente porque sendo a educação um sector social vital, é também aí que se assiste a reformas umas atrás das outras sem resultados positivos. O ME em exercício só tem aprofundado os problemas, mas com umas limpezas de cosmética invulgarmente ditatoriais. Já se sabe de antanho que o ME resolve implementar exames, medidas e reformas ignorando as sociedades científicas, o que já de si é uma atitude muito estranha. Não sei o que se passa dentro daqueles corredores mas já dá para adivinhar a atitude de desresponsabilização, apontando o dedo aqui e ali, a professores e pais e a quem valha, quando se trata de resultados.

Rolando Almeida

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Albert Cossery

cossery Há uns posts atrás falei de Albert Cossery, um escritor que admiro. Pela leitura de alguns blogs soube do seu recente falecimento. Não me vou por aqui com os elogios que costumo ler de quem admira o escritor, de que é o último dandy, o último libertino, etc. até porque, normalmente esta malta daqui a nada anda a dizer o mesmo de outro escritor. Mas não tenho qualquer dúvida que a obra pouco extensa de Cossery é de uma vibração muito forte, do mais intenso que me lembro de ler. Por essa razão, pelos livros que nos deixou, lhe presto aqui a minha homenagem. A obra do autor está traduzida para a nossa língua pela Antígona.

Antes que esqueça

tyg_home_wood_640 Num formato diferente daquele que mais marcou a sua fabulosa obra, os sons industriais electronicos, os Young Gods apresentam um novo albúm com versões acústicas das suas músicas. Não é porventura o seu forte, mas vale a pena fazer a revisitação das músicas de uma das bandas mais potentes dos anos 90, passando por albuns como L`eau Rouge, play kur weill ou only heaven, para citar os melhores entre os melhores. Os Young Gods foram um acto criativo muito singular. Uma boa sugestão para fim de semana.

Duas tradições?

0,,12064709-EX,00 Na secção de comentários recebi este muito interessante. Escrevi ao autor, Vitor Guerreiro, autor também do blog Ana Litica Mente e pedi para o publicar em forma de post. O comentário refere-se às pseudo divisões bairristas entre filosofia X e filosofia Y.

A diferença fundamental entre duas «tradições» (acho muita graça aos tiques que esta palavra disfarça), uma que se interessa pelos processos argumentativos e pelo conteúdo das ideias, e outra que se interessa na mera genealogia das ideias é esta: num dos casos, a importância de algo mede-se pela contribuição positiva que nos dá para o pensamento de algum problema identificável e capaz de ser formulado claramente. (Há a ideia idiota de que quanto mais obscuros e indefiníveis são os problemas, mais profundas são as cabeças que os congeminam), no outro caso, a importância de algo mede-se por nos fornecer um acervo de palavras inusitadas e irreverentes, que usaremos para exibir de um modo atrevido a nossa filiação na «tradição» particular que escolhemos. Depois é só imaginar as reacções epidérmicas que os outros vão ter ao constatar esta nossa afirmação genealógica - o sex appeal de se ser qualquer coisa acabada em "iano" (sim, porque os pós-modernóides desconstruíram o "ismo" - assim, já não há marxistas, há marxianos... e marcianos também). O appeal de se ser nietzscheano. Depois é a torrente de asneiras: um gajo diz que é monista ou que pensa x ou y acerca da mente, não porque tenha um pensamento claro e sistemático sobre o assunto, mas porque é espinosista, ou porque é nietzscheano, ou outra coisa qualquer. Quer dizer, o que importa não é o pensamento, é o modo irreverente como se atira aos mortais ignorantes a nossa filiação, a nossa erudição oca que só lá está a tapar uma ausência real de pensamento e uma proverbial e lusitana preguiça de pensar. Porque o que interessa nesta «tradição» continentalóide não é o trabalho filosófico mas um análogo mais sofisticado da mesma coisa que os putos fazem com os ídolos rock e as t-shirts estampadas.”

Podem as máquinas pensar?

Digitalizar0001 « Stu: Estou a ver que te sentes confiante, o que é óptimo. Admito que não fui muito longe; mas, afinal de contas, sou apenas um estudante -- é verdade que sou um estudante de matemática, mas ainda assim sou apenas um estudante. Por outro lado, és um professor de filosofia. Este não tem sido por isso um debate justo. Conheço um professor de matemática que tenho a certeza que pode lidar contigo mais em pé de igualdade. Já discuti com ele este problema da mente/máquina e posso assegurar-te que ele não é nenhum simpatizante do mecanicismo. Na verdade, ele disse-me várias vezes que conhece uma refutação matemática do mecanicismo. Estás disposto a encontrares-te amanhã connosco, para ver se podes refutar a refutação dele? Ou só discutes com estudantes?

Phil: Tal como deves saber, nós filósofos investigamos a verdade até onde essa investigação nos conduzir -- mesmo que nos conduza a um professor de matemática. Traz-me lá então o teu professor de matemática. » p.28

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Blog de divulgação da filosofia e do seu ensino no sistema de ensino português. O blog pretende constituir uma pequena introdução à filosofia e aos seus problemas, divulgando livros e iniciativas relacionadas com a filosofia e recorrendo a uma linguagem pouco técnica, simples e despretensiosa mas rigorosa.

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