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A Filosofia no Ensino Secundário

Novidades editoriais de interesse para estudantes e professores de Filosofia.

A Filosofia no Ensino Secundário

Novidades editoriais de interesse para estudantes e professores de Filosofia.

Filosofia na Web ix

O site da Escola Secundária Manuel Teixeira Gomes, em Portimão tem uma área destinada à disciplina de filosofia que merece destaque. Desde uma interessante colecção de obras recomendadas pelos professores do grupo, até aos ensaios dos próprios alunos, existe no site muitos motivos para nos determos um pouco nele. Particularmente interessante é o artigo sobre 15 filósofas contemporâneas, que nos dá um panorama da influência das mulheres na filosofia nos nossos dias. Este site merece o destaque, pois todos os materiais disponibilizados são originais e feitos pelos próprios alunos e professores da escola. É o exemplo de uma boa atitude de como um grupo disciplinar pode funcionar. Clicar na imagem para aceder ao site.

Filosofia na Web vii

Os colegas da Escola EB 2,3/S de Oliveira de Frades tiveram a iniciativa de criar um blog da revista que tem vindo a publicar, Katarsis II. É uma excelente iniciativa e uma possibilidade de chegar a mais estudantes. Aproveito para divulgar aqui mais esta excelente e muito útil iniciativa. Clicar na imagem para aceder.

DEF on line Grátis

O manual A Arte de Pensar (Didáctica Editora) acaba de oferecer gratuitamente a novíssima edição on line do Dicionário Escolar de Filosofia, sob a Direcção do Professor Aires Almeida. Assim passamos a ter gratuitamente uma importante ferramenta de trabalho que inclui uma secção de erros e incompreensões mais comuns, sendo que é um trabalho resultante das dúvidas que os próprios professores vão colocando. Para além do conteúdo é interessante que este site é totalmente gratuito, quer se adopte ou não o manual. O dicionário on line está muito simples de usar e segue a mesma metodologia usada na edição em papel, que já era uma ferramenta recomendável para as aulas de filosofia, não só para professores, como para alunos. De salientar ainda a inclusão de um capítulo que fornece recomendações úteis sobre como usar o dicionário. O DEF foi elaborado sob a direcção de Aires Almeida, que é também responsável pelas pequenas entradas não assinadas. Esta versão online é da responsabilidade de Desidério Murcho, que é também co-autor. Os restantes co-autores do DEF são Álvaro Nunes, António Paulo Costa, Célia Teixeira, Júlio Sameiro, Luís Rodrigues, Pedro Galvão e Pedro Santos.
 Uma ferramenta à mão, tanto para alunos como para professores. Clique na imagem para aceder ao site.

Triturar Mitos

Uma das funções da verdade, desde os filósofos gregos, é triturar mitos, não com o simples objectivo de os triturar, mas porque quando colocamos os miolos a pensar, duas ideias juntas nos fazem perceber a irracionalidade dos mitos. Ora o mito tem muitas expressões e uma das expressões do mito é a ideia feita ou preconceito. E, na filosofia, não cabem argumentos como “ah, ok, temos preconceitos, mas quem não os tem?” para legitimar o facto de sermos preconceituosos. Em filosofia pensamos e se é preconceito revemos as nossas posições. Como? Argumentando.
Rolando Almeida

A família a manchar um excelente manual

Na verdade estava mesmo a ver que teria de concluir a minha análise aos manuais com apenas dois manuais consistentes que constituem boas opões. Felizmente há mais, até para apaziguar as dezenas de vozes que, para diminuir um manual, afirmam simplesmente “não é o único! Mas há mais”. Não fossem os manuais como o Criticamente e gostaria de saber quais são os “mais” que temos. Ainda não tive acesso ao Logos, o projecto da Santillana, mas este da Porto Editora, Criticamente, é uma opção certa. Aliás, devo dizer que a edição do 11º ano está melhor e mais consistente que a do 10º ano. Não encontrei erros das partes lidas deste manual, o que o coloca desde logo numa situação privilegiada em relação aos seus congéneres. À pergunta, se eu voto a adopção deste manual, a minha resposta é claramente sim. 
Rolando Almeida
 

Um outro olhar sobre a filosofia

O manual Um outro olhar sobre o mundo é uma caricatura da filosofia. Na verdade tenho notado que a análise de manuais tem provocado algum choque e tenho procurado proceder às minhas análises de um modo pedagógico, apontando aspectos que os autores podem e devem melhorar. Como é que procedo para fazer uma análise? Normalmente começo por ir directamente aos pontos nos quais os manuais mais falham. Se notar que daí não decorrem grandes erros, então parto para a análise de outros pontos e, no final, procuro dar uma imagem de conjunto como é que o manual pode funcionar em termos didácticos para os estudantes, analisando o tipo de linguagem e aspectos relacionados com a organização, entre outros.
Rolando Almeida

Descontextualizado

O manual Contextos cai em alguns lugares comuns da escrita de manuais, o que faz dele um manual menos interessante para estimular a capacidade crítica dos estudantes. Estranho sempre quando, ao ler um manual, me deparo muitas vezes com afirmações atrás de afirmações, num espírito muito dogmático de afirmar que isto é isto e aquilo é aquilo. A organização de manuais de filosofia como o Contextos faz com que a lógica inicialmente aprendida não possua qualquer utilidade de aplicação nos restantes conteúdos. Ora, o interesse da lógica é fornecer ao estudante a ferramenta para que questione os argumentos dos filósofos e tome as suas próprias posições racionalmente fundamentadas. Claro que aquilo que se pede é a um nível elementar.
Rolando Almeida

Filosofia colorida

Analisei o manual Pensar Azul sob dois aspectos principais: rigor científico e organização metodológica.
O manual em questão não me parece possuir erros científicos flagrantes, apesar de ter encontrado um ou outro que quero esclarecer. Com efeito, a organização metodológica muitas vezes ao longo do manual incita a confusões. São opções que produzem enganos no estudante e que merecem algum esclarecimento. Para mostrar estes aspectos vou aqui dar alguns exemplos.
Rolando Almeida

Amado ou mal amado

Quando hoje cheguei a casa tinha na caixa de correio o livro que aqui apresento. Já há algum tempo que pretendia meter-me numa experiência com o filósofo alemão, após a insistência durante a licenciatura. Estava mesmo interessado se existiria alguma boa introdução a Heidegger moderna que primasse pelo rigor da exposição. Não li ainda o livro todo, mas serviu para uma pausa entre tanta crítica e comentários a manuais escolares. Ao final da tarde, passeando o meu bebé de 5 meses, sentei-me numa esplanada, pedi um café e comecei a ler o livro. O que pude concluir? Que a exposição é realmente clara e toca no limite os principais pontos da filosofia do pensador alemão desde o Ser ao Dasein passando pela linguagem, verdade, tempo, morte, temporalidade, transcendência, consciência, entre outros. A exposição é muito curta (o livro tem 150 páginas) mas eficaz para colocar o leitor perante a obra daquele que é considerado por muitos o maior pensador do século xx. Pude também notar, pelas páginas lidas que, apesar da clareza da exposição, a filosofia de Heidegger é realmente obscura, mas o livro é de todo recomendável para quem já perdeu algumas das leituras centrais do autor. Mas, ainda com a minha mente a pairar sobre tantos comentários aos manuais não pude deixar de notar a afinidade que muita filosofia praticada em Portugal, mesmo no secundário, bebe da influência heideggeriana e pensei de imediato se seria justo acusar a filosofia nacional e alguns manuais de teoria da conspiração tal como alguns leitores tem acusado alguns manuais? Claro que não. Essa ideia parece-me de imediato tola. Heidegger é um pensador que tem o seu lugar e é um autor de difícil acesso, pelo que tomá-lo como influência para a filosofia no secundário só pode dar em tolice. Trata-se de um autor, como muitos outros, que exige uma especialização mais aprofundada em termos filosóficos uma vez que exige o domínio de um léxico pouco comum aos jovens. Mas é um autor complexo não só pela linguagem usada como também pelas ideias, tomadas por uns como inovadoras e, outros, como charlatanice. É, acima de tudo, um filósofo controverso e que merece, obviamente, a nossa atenção enquanto pensador influente no século xx. Michael Inwood é professor de filosofia no Trinity College em Oxford e publicou vários estudos sobre Hegel e Heidegger.
Michael Inwood, Heidegger, a very short introduction, Oxford, 1997

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Blog de divulgação da filosofia e do seu ensino no sistema de ensino português. O blog pretende constituir uma pequena introdução à filosofia e aos seus problemas, divulgando livros e iniciativas relacionadas com a filosofia e recorrendo a uma linguagem pouco técnica, simples e despretensiosa mas rigorosa.

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