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A Filosofia no Ensino Secundário

Novidades editoriais de interesse para estudantes e professores de Filosofia.

A Filosofia no Ensino Secundário

Novidades editoriais de interesse para estudantes e professores de Filosofia.

Manuais – Espaço para debate

Este texto é dirigido a todos os colegas, professores de filosofia no ensino secundário. Trata-se de um apelo. A crítica pública de manuais escolares é essencial e um dos melhores caminhos para melhorar a qualidade dos manuais e, por conseguinte, das nossas aulas e opções lectivas. Disponibilizo este blog como espaço aberto à crítica de manuais, visto que muitos colegas tem ideias a explorar, mas sem local próprio para as publicar. Disponibilizo dois contactos de e-mail para os quais podem ser enviados os vossos textos a fim de ser publicados. Como é óbvio, não publicarei textos anónimos nem insultuosos. A ideia é de uma forma pedagógica apontar erros, dificuldades, limitações, etc… e também os pontos positivos ou as vantagens que existe em optar pelo manual X e não pelo Y. É indiferente se vamos defender uma linha mais hermenêutica ou uma linha mais analítica, ou outra coisa qualquer. O espaço está aberto ao debate. Só espero mesmo pela reacção. Pela minha parte vou fazer o meu trabalho de casa. No final indicarei o número de professores que resolveram dar-se ao trabalho de fazer crítica de manuais, seja esse número de 1000 ou 0. É claro que nos referimos aos manuais de filosofia, referentes ao 11º ano que estarão em breve disponíveis para adopção.
Mãos à obra.
Contactos:
rolandotavaresalmeida@gmail.com
rolandoa@netmadeira.com
 
Rolando Almeida

O problema Trólei

Tem surgido várias questões para esclarecer o problema Trólei na filosofia. Há imensos recursos de leitura sobre este problema. Creio que, em língua portuguesa, Pedro Galvão simplifica-nos a tarefa na introdução que fez à revista on line Trólei. Aqui fica
«Bom, imagine que está a conduzir um trólei. De repente, depara-se com cinco trabalhadores na linha e tenta travar, mas nesse preciso instante descobre que os travões deixaram de funcionar. Apercebe-se imediatamente de que os trabalhadores não podem fugir e serão todos mortalmente atropelados. Mas há uma (e apenas uma!) hipótese de evitar a sua morte: basta desviar o veículo para outra linha. Só que nessa linha está um outro trabalhador precisamente nas mesmas circunstâncias... Ainda assim, será eticamente permissível desviar o veículo? Consta que as «intuições morais» (é este o termo técnico para os nossos palpites infundados em questões éticas) da maior parte das pessoas se traduzem num sim — nessas circunstâncias é permissível desviar o veículo e talvez até seja obrigatório desviá-lo. Mas mudemos de cenário. Imagine agora que é um cirurgião confrontado com cinco pacientes que morrerão muito em breve se não receberem um transplante. Não é possível obter a tempo os órgãos necessários de um doador já morto, mas há no hospital um paciente a recuperar de uma operação que, se for morto com uma injecção, proporcionará todos esses órgãos. Será eticamente aceitável injectar secretamente a substância letal no paciente? Não, é o que nos dizem agora as nossas intuições, e assim surge o problema do trólei: dado que em ambos os cenários coloca-se a hipótese de salvar cinco pessoas matando uma, por que razão só no cenário do trólei essa hipótese se nos afigura aceitável? É este o problema. Se investigar, descobrirá que não é fácil resolvê-lo. E descobrirá também o que faz do problema do trólei um símbolo da imaginação conceptual e da criatividade argumentativa que encontramos na melhor ética filosófica — um símbolo daquilo que esta revista procurará promover.»
Introdução de Pedro Galvão à Revista Trólei

Manuais 2008? Venham eles!!!

Brevemente começam a chegar manuais novos para o 11º ano. Os argumentos das editoras, por regra, assentam em dois ou três pontos principais:
- Rigor científico;
- Adequação ao programa;
- Adereços como cd roms, cadernos de actividades, etc….
As editoras comercializam os manuais e até aí nada a dizer. Por regra são muito atenciosas com os professores e preparam todo o trabalho tal qual os professores indicam. Mas existe todo um comércio megalómano em torno dos manuais. E existe porque a sua venda dá dinheiro. E ainda bem! Pelo menos para mim é sempre bom saber que fazer um manual até dá alguns rendimentos, ainda que poucos, aos autores e editores. É um incentivo bom.
Rolando Almeida

O livre arbítrio visto por alunos do 10º ano

As alunas Irina Neves e Sara Guerreiro, da turma 10º C, da Escola Secundária D. João II, em Setúbal, fizeram estes trabalhos que o seu professor de filosofia, O professor João Paulo Maia, teve a amabilidade de enviar para publicação. Os trabalhos são, O problema do livre arbítrio e Será o livre arbítrio uma ilusão.

O problema do livre arbítrio
Colocar o problema do livre-arbítrio é colocar um dos problemas centrais da Filosofia da Acção que pode ser formulado deste modo simples: temos ou não livre-arbítrio?
Por não concordar com a tese de que o livre-arbítrio seja uma ilusão, vou argumentar a favor da tese inversa – a de que temos livre-arbítrio.
Pressupor que o livre-arbítrio é uma ilusão leva-nos a pressupor que o determinismo radical é verdadeiro, o que por sua vez nos leva à chamada objecção fenomenológica ao determinismo radical. Esta objecção constitui uma forte evidência racional contra aquela teoria filosófica.

Filosofia na web V

Desta vez aproveito para divulgar o Qualia, um blog da responsabilidade de Vitor João Oliveira, professor na Escola Secundária de Oliveira do Bairro e que disponibiliza textos muito úteis para alunos e professores.

Visitar AQUI ou clicar na imagem.

Serrotes ao ar - estratégias para perder o emprego

Um dos aspectos curiosos no ensino universitário português, nos cursos de engenharia, consiste em pensar que o pensamento crítico é actividade dos professores de matemática. Ora, isso seria o mesmo que pensar que a carpintaria é actividade para os fabricantes de serrotes. Esta realidade é da responsabilidade dos Directores de Curso, mas também da dos Directores dos cursos de filosofia que não sabem reclamar para si aquilo que é de direito seu, enquanto domínio de um conhecimento.

A vida é bela

Em carta sobre a felicidade, podemos percorrer a veia filosófica de Epicuro. Mais tarde, a cultura cristã haveria de voltar o epicurismo a uma filosofia de menos valor. A edição é algo confusa, com uma introdução sofrível e uma lista de pensamentos e citações sem qualquer ordem. Provavelmente foi feita com boa vontade, mas faltaria um estudo mais apurado. Pena é que esta tradução seja feita a partir do francês. Merecíamos uma tradução directa. Mas enfim, lá nos contentaremos com esta. Fica a citação e a recomendação.
“Convém, portanto, avaliar todos os prazeres e sofrimentos de acordo com o critério dos benefícios e dos danos.” (p.34)
Epicuro, Carta sobre a felicidade ou a conduta humana para a saúde do espírito, Padrões Culturais Editora, 2008

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Blog de divulgação da filosofia e do seu ensino no sistema de ensino português. O blog pretende constituir uma pequena introdução à filosofia e aos seus problemas, divulgando livros e iniciativas relacionadas com a filosofia e recorrendo a uma linguagem pouco técnica, simples e despretensiosa mas rigorosa.

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