Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

A Filosofia no Ensino Secundário

Novidades editoriais de interesse para estudantes e professores de Filosofia.

A Filosofia no Ensino Secundário

Novidades editoriais de interesse para estudantes e professores de Filosofia.

Existencia, sentido e inferência no Tratactus

Recentemente chegou-me às mãos um estudo que me parece interessante sobre Wittgenstein, abordando três grandes vectores da filosofia de Wittgenstein no Tractatus, o da existência de objectos, do sentido linguístico e da concepção de inferência. Este é o percurso analisado por Rui Daniel da Costa Cunha, autor do estudo. Para abrir o apetite o autor começa com uma citação de Ryle que nos indica que o Tractactus de Wittgenstein pode ser descrito como o primeiro grande livro de filosofia da lógica. Para abrir o apetite deixo um pouco da introdução e regressarei em breve a esta obra, assim que a ler na totalidade.
 Rolando Almeida

Filmes e os problemas filosóficos

Para todos aqueles que discordaram dos meus posts sobre a Formiga Z, eis uma lista que propõe alguns filmes para ilustrar problemas filosóficos. Nesta lista também aparece a Formiga Z, contrariando parcialmente a minha posição de que os métodos propostos pelo manual Pensar Azul para análise filosófica de problemas, são métodos vagos. E contradiz parcialmente visto que, nesta lista, a proposta do filme, aparece em o indivíduo versus sociedade / colectivo, que não corresponde de todo à tarefa que o manual em causa propunha. Mas esta lista também é útil para mostrar a controvérsia e discussão do programa de filosofia em Portugal, bem como das opções didácticas de alguns manuais. Um problema que merece de todo a discussão publica, pelo menos por parte dos agentes educativos ligados à filosofia. A lista foi elaborada por Barndon Rickabaugh, presidente da Philosophical Society de Santiago Canyon College.
Rolando Almeida
 

Modelos para adorar deuses

Um dos aspectos fundamentais na filosofia, mas que ainda levanta sérias confusões, prende-se com os argumentos de autoridade. Um argumento é de autoridade quando a autoridade é invocada para argumentar em favor de uma tese. Assim, se eu disser que “Cristiano Ronaldo disse que existem mais estrelas no universo que grãos de areia nas praias todas do planeta” ninguém se vai deixar persuadir por este argumento, uma vez que o Cristiano Ronaldo não é uma autoridade em astrofísica. Mas se eu disser que “Carl Sagan diz que existem mais estrelas no universo do que grãos de areia nas praias todas do planeta”, é perfeitamente aceitável que nos deixemos persuadir pelo argumento, uma vez que Carl Sagan é um astrofísico conceituado e reconhecido pelos seus pares.
Rolando Almeida
 

Mais uma falácia

Recentemente li algumas posições argumentativas que merecem um pequeno reparo. A primeira das quais confunde crença com o sentido em que habitualmente usamos o termo no senso comum, de crença religiosa. O segundo reparo dirige-se a uma posição que é comum ter-se, mas incorre numa falácia argumentativa. Consiste em não tomar posição sobre um determinado problema, pensando que desse modo se fica isento para poder ajuizar de modo imparcial.
Rolando Almeida

Correcção

Agradeço a correcção de um leitor anónimo. Na verdade, o teólogo, Alister McGrath tem uma obra chamada Dawkin`s God e outra que é Dawkins Delusion. Trata-se de livros diferentes e que eu, no meu post, tomei erradamente como sendo o mesmo.

Rolando Almeida

40.000

Bem, isto de assinalar números não deve tornar-se um hábito, mas não consigo resistir a registar mais este número gordo: 40 mil visitas. Obrigado a todos. É o melhor incentivo para a continuidade deste trabalho e uma prova que os assuntos da filosofia possuem um interesse crescente.

Rolando Almeida

A delusão Dawkins

A discussão promete vender e ainda bem. Acaba de sair a tradução em português de Dawkins Delusion, a resposta do teólogo Alister McGrath ao livro de Richard Dawkins, God Delusion, tradução portuguesa, A desilusão de deus. Ainda não tenho o livro, mas a discussão da tradução dos títulos de ambas as obras em português deve ser para continuar, uma vez que o título do livro de McGrath aparece traduzido como, O Deus de Dawkins. Pena é que os editores portugueses ainda não tenham despertado para a urgente tradução de obras de introdução à filosofia da religião que existem às dezenas e bem mais atraentes que estes best sellers da religião. Enquanto isso, ficamos a assistir somente a uma parte do combate, a mais visível, mas nem por isso a mais interessante.
Alister McGrath, O Deus de Dawkins, Aletheia, 2008
 

Ensina a ti mesmo Filosofia

Mesmo no fim do final de semana, aproveitando ainda algum tempo útil para as leituras, não podia deixar de vir aqui deixar mais uma sugestão, não só para os leitores, mas também para os editores. Tendo em vista que o grande negócio em Portugal em 2008 foi a fusão de várias editoras pelo grupo Leya e dando seguimento a um artigo no último número da revista Visão, dá para acreditar que o mercado dos livros em Portugal existe e está em vias de expansão. Se assim for, pensando no segmento do grande público, seria uma prenda muito boa para 2008 se víssemos alguns dos volumes de Mel Thompson, da colecção Teach Youserfelf, traduzidos para a nossa língua. Creio que o nome da colecção é um poderoso indicativo da missão de cada livro. Muito mais cuidados que os volumes da colecção For Dummies (a Porto Editora tem traduzidos alguns volumes desta colecção para português, que curiosamente também tem um sobre lógica e outro de filosofia para totós, mas estes ainda a esperar edição portuguesa), estes livrinhos são vendidos a preço fixo, bastante baixo e abrange diversas áreas. Daquela que aqui mais interessa, a filosofia, ficou sob a responsabilidade de Mel Thompson e já tenho em mãos 3volumes excelentes, Philosophy of Religion, Etichs e Philosophy. Tratam-se de introduções aos temas. Não são bons livros por serem introduções, mas por serem boas introduções. Mel Thompson tem já alguma experiência neste tipo de edições. Os argumentos filosóficos são expostos de modo claro, mas completo. Grande parte dos temas de Etichs e Philosophy of Religion estão já explorados em Philosophy, mas de modo muito mais breve. Estes livros valem sobretudo pela actualidade e, em Portugal, seriam uma boa piscadela de olho ao ensino secundário, provando ao mesmo tempo o quanto a grande maioria dos manuais de filosofia necessitam de urgentes upgrades.
Para quem gosta de ler em língua inglesa estes livros existem às centenas. Cabe ao leitor escolher aqueles que lhe convém. Esta é uma colecção muito adequada ao mercado português.
Rolando Almeida

Desafios matemáticos

O primeiro volume da nova colecção de quiosque da RBA é um mimo e a colecção promete. Chama-se – a colecção – Desafios Matemáticos e custa menos de 4€ o primeiro título. O livro é da autoria de Martin Gardner, Ah, apanhei-te (Paradoxos de pensar e chorar por mais), e apresenta-nos os mais famosos paradoxos matemáticos, muitos deles, a maioria mesmo, desenvolvidos por filósofos, desde o paradoxo do mentiroso, ao paradoxo do barbeiro de Russell, para resolver o problema dos conjuntos. O livro é um mimo delicioso. Comprei-o hoje mesmo ao passar por um quiosque e já li alguns capítulos verdadeiramente desafiantes para a inteligência. Para além de tudo este livro é uma prova fulminante de como não é necessário escrever com linguagem técnica para expor os principais problemas que se colocam à matemática e à filosofia. Recomenda-se a leitura independentemente da idade. Provavelmente vale mesmo a pena assinar a colecção ou aguardar sempre no quiosque mais próximo, o volume que se segue. A colecção promete mesmo. Quem disse que aprender matemática custa?
Martin Gardner, Ah, Apanhei-te (paradoxos para pensar e chorar por mais), RBA, 2008 (direitos de edição da Gradiva)

Pág. 1/3

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Blog de divulgação da filosofia e do seu ensino no sistema de ensino português. O blog pretende constituir uma pequena introdução à filosofia e aos seus problemas, divulgando livros e iniciativas relacionadas com a filosofia e recorrendo a uma linguagem pouco técnica, simples e despretensiosa mas rigorosa.

Arquivo

  1. 2009
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2008
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2007
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2006
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D