Legalização do Aborto: Sim ou Não?
A opinião de muitos é a de que o feto é um ser vivo consciente e, como tal, o aborto é um assassinato. Quero ainda referir que é sempre melhor optar pela prevenção e pela responsabilidade. O uso de métodos contraceptivos é uma forma de precavermos situações mais complexas e que impliquem decisões difíceis, como a de a abortar ou não.
É belo educar e ser-se pais, mas uma situação de aborto pode desencadear processos de arrependimento, sentimentos de culpa e consciência atribulada que é preferível evitar, mas que acontecem.
Na minha opinião sou a favor do aborto. Quando assumimos ter um filho, queremos o seu bem e a melhor qualidade de vida. Se estivermos perante a questão de uma família com necessidades podemos sempre questionar se vale a pena dar uma vida com extremas dificuldades ao nosso filho, para, mais tarde, sofrer consequências psicológicas e sociais? E quando estamos perante um caso de violação, parece ser mais consensual o aborto. Mas nesse caso também não estaremos a matar um feto não desejado? Muitos países têm já o aborto legalizado.
Porque temos de ser diferentes? Será que uma mulher não é livre de decidir, em vez de viver uma vida de revolta e deitar a perder um futuro que podia ser melhor decidido? Se liberdade todos temos e esta está sempre associada à responsabilidade, tendo consciência das consequências, liberdade de escolha e ter consciência que estamos perante um aborto, já não teremos reflectido antes de agir? Não será motivo forte?
Para além do mais, em muitos casos, para as mulheres torna-se uma situação de humilhação e revolta uma gravidez não desejada. Temos o exemplo da gravidez precoce na adolescência.
De facto, os métodos contraceptivos são importantes e assim evitam-se gravidezes indesejáveis. E se, ainda assim, uma pessoa toma precauções e tem um azar?
Será que o feto tem consciência que existe? Não, e se não tem, será que sente que o matam? Não.
A minha resposta mais livre é que sim, sou a favor do aborto, mas para evitar situações de ânimo leve e que estas se venham a repetir várias vezes, o aborto deverá ser permitido até aos três meses de gravidez.
Carolina Freitas
Aluna do 11º 5 da Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco - Funchal